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domingo, 14 de novembro de 2010

Mais um ”Último beijo”.

ALÉM DO QUE OS OLHOS PODEM VER.

Eles estão aqui, ao nosso redor, nos observando, nós humanos não acreditamos, ou fingimos não acreditar, mas eles nunca desistem, estão sempre tentando chamar nossa atenção;
Mas nós egoístas... Só queremos acreditar em nós mesmos.

Mais um” Último beijo”.

Era meia noite quando acordei com um frio intenso, minha respiração se tornou visível, não era inverno, mas as janelas estavam congeladas, não conseguia mexer meus dedos, dez pedras de gelo penduradas em minhas mãos. – O que está acontecendo? (pensei) a resposta seria mais assustadora do que a pergunta.
Vesti um agasalho em cima do outro, luvas, calças, o frio não passava, o frio estava dentro de mim, sentia o sangue correndo gelado em minhas veias, meu coração fazendo o Maximo possível pra me manter vivo; Desci as escadas, a sala estava tomada por uma neblina densa, enquanto atravessava a sala tentava achar uma solução lógica para o que estava vendo, para ser mais exato... Vivendo. Liguei todas as luzes, estava começando a ficar com medo, comecei escutar passos no andar de cima, meus olhos arregalados olhavam pro teto, parecia ter visão de “raios-X” seguindo o som que me deixava cada vez com mais medo, medo, Medo, As luzes se apagaram de vez, o terror tomou conta de mim, fiquei parado olhando pra escuridão que tomava à sala, não conseguia ter reação, fiquei paralisado, ali sentado esperando o pior acontecer, até que uma luz acendeu na sala, consegui virar a cabeça, meu corpo congelado, a boca seca, os olhos com lágrimas olhava a tevê ligada em um canal que só emitia chiados, por um instante consegui me mexer, fui em direção a tevê pra mudar de canal foi quando levei um susto... Do nada começou a passar um vídeo, eram imagens de minha antiga namorada, ela feliz corria no campo, um sorriso estampado na cara, os olhos brilhando de emoção; Essas imagens já eram conhecidas, pois fui eu quem as filmei, um pouco antes dela perder a vida em um dos aviões seqüestrados no “11 de setembro”; Um pouco antes do avião se chocar contra uma das torres gêmeas ela conseguiu me ligar, só deu tempo de me dizer algumas palavras que ecoam em minha cabeça até hoje:

- Josh... Estarei sempre ao seu lado.
Logo após gritos de desespero, uma explosão.

Retomo a consciência as imagens ainda passavam na televisão, lágrimas geladas corriam em meu rosto, virava pedra antes de tocar o chão. A tevê volta a chiar, só que o som que sai dela agora era muito mais assustador, era som de milhares de pessoas gritando, aterrorizado continuo olhando a tela, até que todas as vozes se calam e como uma fusão de todas elas diz em uma só voz:

- Você tem que acreditar Josh.
- Em... Em quê? Estava realmente aterrorizado.
- Estamos em todos os lugares, você tem que acreditar!

Nunca acreditei na existência de Deus, muito menos na existência de espíritos, a mensagem que Ana deixara pra mim se tornava uma tentativa de conforto inválida. A morte pra mim era o fim... Somente. Esse meu modo de pensar mudou quando olhei para traz.
Vi descer as escadas, brilhante como uma estrela, clareando a sala, vindo em minha direção com um sorriso que já conhecia muito bem, era ela... –Ana? Linda como sempre, meu coração quebra o gelo em sua volta e dispara, ela aproxima-se, me dá um beijo longo, um abraço que me aquece, tudo em volta começa a voltar ao normal, sussurra em meu ouvido:
- Eu te disse!

As luzes ascendem, Ela desaparece devagar enquanto olha em meus olhos. Seria a última vez que à veria de novo.

Ou Não.

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